quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Teorias Evolucionistas

  Lamarckismo

  Baseia-se em duas leis:


        Lei do uso e do desuso;

        Lei da transmissão dos caracteres adquiridos;


  Lei do uso e do desuso:

• Quanto mais se utiliza uma parte do corpo, mais esta se desenvolve;

• Quanto menos se utiliza uma parte do corpo, menos esta se desenvolve.

  Lei da transmissão dos caracteres adquiridos:

• Os progenitores transmitem à sua descendência as características que estes adquirem, por exemplo: um indivíduo tem os músculos muito desenvolvidos, logo o seu descendente também irá ter os músculos desenvolvidos.

  O meio é o responsável pelo desencadear do processo, os seres na tentativa de se adaptarem ao meio, sofrem mudanças.

  Todavia o Lamarckismo foi refutado porque:

• Se os indivíduos como Lamarck dizia teriam “uma ambição natural” de se tornarem melhores, estes estariam sempre a evoluir;

• A lei do uso e do desuso não é aplicada a todos os seres vivos;

• A lei da transmissão dos caracteres adquiridos está errada, só as células somáticas são afectadas pelas modificações que o indivíduo pode ter, as células gâméticas não são afectadas (o fundo genético permanece o mesmo), e, hoje, sabemos que só o material genético é passado às gerações.

  O Lamarckismo é um marco importante para a ciência, uma vez que é a 1ª teoria evolucionista. Esta admitia que as espécies evoluíssem, ao contrário do fixismo.

  Darwinismo

  Darwin sofreu influências do Malthusianismo (crescimento da população):

• Mathus defendia que a população humana tende a crescer de forma geométrica, enquanto os recursos naturais são produzidos segundo uma progressão aritmética;

• A população humana tende a crescer para além das possibilidades do meio para a sustentar, gerando a luta pela sobrevivência. A certa altura mortalidade supera a natalidade, assim o crescimento funcional da população está assegurado;

• Darwin transpôs as ideias de Mathus para as populações animais e admitiu que, embora as populações tendem a crescer geometricamente o mesmo não acontece.

• A manutenção mais ou menos constante do número de indivíduos deve-se a:

  Nem todos os animais de uma população se reproduzem;

  A falta de alimento e condições ambientais;

  A luta pela sobrevivência (predação, competição, parasitismo);

  Doenças responsáveis pela morte.


 Darwin baseou-se em dados da geologia, biogeografia, selecção natural/ artificial e variabilidade.

        Geologia:

• As leis naturais são constantes no espaço e no tempo;

• Deve explicar-se o passado com base no presente;

• Na longa história da Terra ocorrem mudanças geológicas lentas e graduais.

        Biogeografia:

• A grande diversidade de seres vivos e o aspecto exótico que, por vezes, assumem algumas espécies, bem como a constatação de que a fauna e aflora diferem de continente para continente e das montanhas para os desertos, são importantes para a teoria de Darwin.

        Selecção natural e variabilidade:

• Os seres vivos de uma determinada espécie, apresentam variabilidade entre si – variabilidade intra-especifica;

• As populações tendem a crescer em progressão geométrica, ou seja, mais descendentes dos que acabam por sobreviver;

• Estabelece-se uma luta pela sobrevivência;

• Sobrevivem os mais aptos; os menos aptos acabam por ser eliminados – selecção natural;

• Os indivíduos mais aptos vivem mais tempo, reproduzem-se mais, transmitindo, assim, as suas características aos descendentes – reprodução diferencial – pequenas variações de características implicam o aparecimento de novas espécies.

  O meio é o principal factor de selecção natural, é este que “obriga” a que os indivíduos evoluam. Estes têm necessariamente de evoluir se pretendem viver.

        Critica:

• Darwin não explica como surge a variabilidade intra-especifica.


        Darwin queria publicar os seus resultados só após a sua morte, devido a represálias dos fixistas, porém com avanços de outros cientistas, este acaba mesmo por publicar a obra “A origem das espécies por selecção natural” ainda vivo. Foi a obra mais polémica até hoje, lembre-se o fixismo estava patente há 20 séculos.

Neodarwinismo ou Teoria sintética da evolução

  Darwin não explica:

        Variabilidade intra-específica (os mecanismos);

        Transmissão das variações.


  Desta forma, desencadeou-se um avanço na:

        Genética;

        Descoberta de mutações;

        Teoria da hereditariedade.


  A selecção natural não actua sob genes isoladamente, mas sim sob indivíduos com toda a sua carga genética – actua sob o fundo genético. Os indivíduos com o melhor fundo genético (conjunto génico mais favorável a um meio) sobrevivem mais tempo, reproduzindo-se mais, deixando, assim, uma maior descendência – reprodução diferencial. Desta forma, há um maior número de indivíduos com esta carga genética.

  Pilares do Neodarwinismo:

1. Existência da variabilidade intra-especifica numa população, sendo esta considerada como unidade evolutiva;

2. Selecção natural como mecanismo responsável pela evolução;

3. A concepção gradualista permite explicar a acumulação de pequenas alterações que vão ocorrendo ao longo do tempo.


1- Variabilidade intra-especifica:

• Mutações;

• Cruzamentos ao acaso/ recombinação genética;

• Selecção natural;

• Migrações;

• Deriva genética

  As modificações actuam sob o fundo genético da população e não sob um indivíduo. A população é a unidade evolutiva. ---> EVOLUÇÃO


Por: Ana Pires

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