quinta-feira, 26 de novembro de 2009

[NOTÍCIA]Cientista Português faz importante descoberta para Doença de Parkinson


  Um cientista português candidato a Doutoramento pelo Massachusetts Institute of Technology está a realizar um estudo revolucionário que poderá levar à prevenção ou descoberta de uma cura para a doença de Parkinson.

  TIAGO FLEMING OUTEIRO, de 27 anos, e SUSAN LINQUIST, directora do Instituto Whitehead do MIT, conseguiram duplicar, com êxito, uma das características mais críticas da doença num modelo.

  Nos pacientes da doença Parkinson, certas proteínas no cérebro formam agregados que contribuem para a morte da célula e eventualmente conduzem à manifestação dos primeiros sintomas debilitantes da doença. Até ao momento, a jornada científica para tentar descobrir como é que estes agregados se formam e como preveni-los tem sido vagarosa e difícil, mas isto poderá dentro em breve mudar graças ao trabalho inédito de Outeiro e Lindquist, que foi publicado na última edição do periódico Science.

  Os dois cientistas conseguiram usar leveduras como tubo de ensaio vivo para mostrar como basta uma pequena quantidade da proteína neuronial alpha-synuclein relacionada com a doença Parkinson para convencer as proteínas circundantes a abandonarem o seu formato normal e formarem estes agregados fatais.

  “Estamos a tentar estudar a doença de Parkinson usando um modelo celular muito mais simples em que é muito mais fácil fazer este tipo de estudos e mais rápido e mais barato colocar questões sobre aquilo que corre mal antes da doença se desenvolver”, adiantou Outeiro.

  “Basicamente, queria ver o que acontece na célula quando produzimos um bocadinho mais desta proteína do que o sistema de controlo pode lidar. Será que a proteína muda em termos biológicos?”

  “Será que nada acontece? Ou será que causa problemas à célula?”

  As semelhanças entre processos celulares básicos entre s seres humanos e estas leveduras são tão surpreendentes que a equipa decidiu arranjar um grupo de leveduras, cada uma contendo níveis variados da proteína pha-synuclein.

  “Estudamos quais eram os efeitos para as células quando elas produziam esta proteína”, informou Outeiro. “Vimos que a proteína se comporta de forma diferente dependendo dos níveis de produção e quando expressamos a proteína a um nível mais baixo a célula funciona bem sem problemas, e a proteína associa-se basicamente com a membrana da célula. Mas quando aumentamos ligeiramente a produção da proteína, a proteína começa a formar agregados dentro da célula e isso é exactamente o que se passa na doença de Parkinson. A partir daí temos um sistema bom em que possamos fazer outros tipos de estudos com drogas ou estudos genéticos para perceber quais é que poderão ser outros factores de risco na doença de Parkinson.”

  Este trabalho adiantou, “é muito importante porque ajudará os cientistas a compreender melhor o que se passa ao nível molecular nestas doenças.” Pode ser considerado revolucionário, Segundo Outeiro, que possui uma Licenciatura em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e completou o estágio da mesma na Universidade Leeds da Inglaterra, esta foi a primeira vez que as leveduras foram usadas no estudo da doença de Parkinson.

  “As leveduras são células bastante mais simples e muito melhor caracterizadas do que células humanas, portanto oferecem uma maior variedade de técnicas que se podem aplicar para estudar os diversos processos biológicos”, explicou.

  “Numa fase inicial será mais direccionado à prevenção porque nos vai ensinar sobre coisas que podem prevenir ou influenciar a doença. Agora o que queremos fazer é usar isto como uma forma de descobrir potenciais curas.”

  No futuro, o trabalho poderá ser aplicado a outros campos, caso da indústria farmacêutica, e ser usado na vida académica visto que permite estudar as coisas com mais detalhe.

  Quando questionado, Outeiro não colocou de parte a possibilidade de vir a ganhar prémios em resultado deste trabalho.

  “Isso seria óptimo”, disse. “É um estudo que tem uma relevância muito grande.”

  Mas quando é que os pacientes com Parkinson poderão beneficiar directamente deste estudo?

  “Isso é muito difícil [de prever] ”, frisou. “Isso é sempre muito complicado porque estas coisas são sempre muito demoradas. Não posso dar ideia de um prazo, o que posso dizer é que nos últimos anos temos aprendido bastante sobre esta e outras doenças e sabemos muito mais hoje do que sabíamos há 10 anos. E, sem dúvidas, estamo-nos a aproximar de uma possível terapêutica... mas dar um prazo é muito complicado.”

  Oriundo do Porto, Outeiro conta completar o Doutoramento em Doenças Neuro-degenerativas dentro de seis meses. Depois espera trabalhar num laboratório em Harvard durante dois ou três anos, e posteriormente regressar a Portugal para trabalhar no campo da investigação.

Origem: Lurdes C. Da Silva, O Jornal, http://parkinson.blogs.sapo.pt/8517.html

Reflexão:

  Os cientistas portugueses são muito afamados e muito importantes para as investigações no ramo das ciências em todo o mundo.
  Para os doentes de Parkinson esta é uma descoberta que traduz uma nova esperança. E como podemos verificar a ciência e medicina estão em constante mudança, e novas descobertas são feitas constantemente, e o que hoje pode ser incurável amanha pode ter uma solução bastante fácil.
  O importante é continuar com as investigações e debruçarem-se sobre todas as possibilidades de solução afincadamente.
  Como podemos constatar uma simples proteína pode ser muito útil, contudo quando esta é produzida em excesso pode causar grandes complicações e doenças extremamente graves.
  A morfologia do nosso corpo é descoberta aos poucos, e quanto mais descobrirmos maior será o nosso entendimento para as doenças, e respectivas curas.
  Todos os métodos que possuímos podem ser utilizados e tudo os que nos rodeia pode ser uma resposta, o importante é haver profissionais competentes e com vontade de descobrir tal como Tiago Fleming Outeiro.

Por: Diana Peixoto

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

[NOTÍCIA] Cientista português desvenda genoma de um cancro da mama metastático

  O título do comunicado sobre a descoberta anuncia: "Livro secreto de um cancro da mama lido pela primeira vez". Possivelmente, esta será a forma mais simples e correcta de explicar o que a equipa liderada pelo cientista português Samuel Aparício conseguiu fazer.
A equipa do BC Cancer Agency, no Canadá, recorreu às mais recentes tecnologias de sequenciação para tentar perceber qual a evolução genómica de um cancro da mama. Mais do que isso, a leitura do livro do cancro da mama fez com que se percebesse que nem todas as células de um tumor tem as mesmas mutações (ou erros), ou seja, o tumor primário é heterogéneo. Uma conclusão importante para a definição de terapias mais eficazes, no futuro.

  A equipa liderada por Samuel Aparício, investigador que durante muitos anos trabalhou no Reino Unido, onde participou no projecto de descodificação do genoma do peixe-balão, seguiu uma mulher com cancro da mama metastático, confrontando as mutações detectadas na fase mais avançada da doença com os "erros" nos genes do tumor primário (diagnosticada nove anos antes). O artigo publicado hoje na Nature refere que foram encontradas 32 mutações nas células do tumor, das quais apenas 11 estavam na fase primária da doença. Dos erros "comuns" às duas fases, apenas cinco estavam em todas as células do cancro e seis apresentavam-se com frequências bastante menores (entre um e 13 por cento). Um total de 19 mutações detectadas na fase mais adiantada não estava no tumor inicial e duas delas não foi possível estudar por questões técnicas.

  “Constatou-se uma considerável evolução nas células do tumor mas os cientistas sublinham a revelação sobre a heterogeneidade do cancro. Não que se trate de uma hipótese que nunca tenha sido colocada mas porque, "pela primeira vez, encontramos a heterogeneidade no genoma porque só agora é possível descodificá-lo"”, nota Samuel Aparício. O investigador realça ainda o facto de as estratégias terapêuticas actuais encararem “o cancro como uma entidade homogénea”. Mas, afinal, como podemos usar este conhecimento? Poderá ter implicações no desenho de futuras estratégias terapêuticas. Porém, falta saber mais dados, é preciso saber qual a função destes erros, ou seja, estudar muitos tumores.

  Aproveitando a nova geração de tecnologia de sequenciação - que foi capaz de tornar acessível em apenas poucas semanas e a baixo custo um conhecimento que há pouco tempo demorava anos, centenas de pessoas e muitas máquinas -, a equipa de Samuel Aparício vão estudar outros subtipos de cancro da mama, num projecto que envolve já mais de 250 doentes. O cientista português colabora ainda em trabalhos idênticos em cancro do ovário e linfomas.

Origem: Público, 9 de Outubro de 2009, http://www.researchcafe.net/content/view/1607/2/

  Reflexão:

  O cancro da mama afecta, infelizmente, dezenas de mulheres portuguesas todos os anos, e é fundamental conseguir encontrar uma nova forma de combater a doença, ou até mesmo uma possível cura.
As mutações podem provocar estes tipos de doenças (como já estudámos na componente de biologia, deste ano lectivo), por isso conseguir estabelecer um padrão é um passo muito importante para a compreensão desta doença.
  É fundamental a busca por respostas e todas as pessoas, principalmente mulheres (não esquecer que os homens também podem ser afectados) devem estar informadas e realizar exames regularmente, especialmente se existir algum caso em familiares.
  O principal problema desta doença é o facto de o cancro se poder espalhar por todo o corpo, e as metástases proliferarem em zonas vitais, associando o mesmo ao problema que existe devido a esta doença, na maior parte das vezes, ser detectada muita tarde.
  Os avanços da medicina continuam a surpreender-nos, e a investigação dos nossos cientistas tem sido preciosas quer a nível nacional quer a nível mundial, estes devem usufruir de todos os apoios possíveis, pois as investigações agora realizadas podem salvar vidas.

Por: Diana Peixoto

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

[NOTÍCIA] Pesquisas revelam 99% de semelhança entre humanos e chimpanzés

  A sequencia das letras de seu DNA é praticamente idêntica

  A evolução da ciência nos últimos 150 anos, desde a publicação de A Origem das Espécies, permitiu comprovar e detalhar muitas das teorias propostas por Charles Darwin, mas ainda não conseguiu elucidar uma das questões mais inquietantes que derivam de sua obra: O que nos faz humanos? Se homens e chimpanzés pertencem a uma mesma família, como podem ser tão diferentes?

  Parte da resposta é que não somos tão diferentes assim. Pesquisas genéticas realizadas nos últimos dez anos revelam que humanos e chimpanzés são ainda mais próximos do que Darwin poderia imaginar. Quando os genomas das duas espécies são colocados lado a lado, a sequencia das letras de seu DNA é praticamente idêntica: quase 99% de semelhança.

  Se o genoma é uma receita de bolo e os genes, seus ingredientes, a diferença entre homem e macaco pode não ser mais do que uma cereja evolutiva. Nem ratos e camundongos são tão parecidos (91% de similaridade). É a prova de que Darwin, mesmo sem saber nada de genética - porque não existia genética na sua época -, estava certo em pendurar o homem na árvore genealógica dos primatas.

  Ao mesmo tempo que ajudam a responder, porém, as informações genômicas acrescentam um novo grau de complexidade à questão. Se homens e chimpanzés são quase idênticos "por dentro", geneticamente, como podem ser tão diferentes "por fora", em sua anatomia, comportamento e capacidade cognitiva? O que há de tão especial no 1% que diferencia as duas espécies? Quais foram as mutações essenciais que permitiram ao Homo sapiens desenvolver a destreza e a inteligência necessárias para construir cidades, escrever livros e questionar sua própria evolução?

  A resposta parece estar pulverizada por todo o genoma. A maioria dos cientistas já desistiu de encontrar um ou dois genes "mágicos" da evolução humana - algo como um "gene da inteligência" ou um "gene do bipedalismo". Todos os indícios são de que as características fundamentais da espécie humana - assim como as de outras espécies - decorrem não de um pequeno conjunto de grandes mutações, mas de um grande conjunto de pequenas mutações acumuladas ao longo dos últimos seis milhões de anos, desde que as linhagens de seres humanos e chimpanzés divergiram de seu ancestral comum.

  "São pequenas diferença no genótipo que se somam para fazer uma grande diferença no fenótipo", resume o pesquisador Tarjei Mikkelsen, do Instituto Broad, em Massachusetts (EUA), primeiro autor do trabalho que sequenciou o genoma do chimpanzé, em 2005.

  "Essa relação de um para um, em que um gene equivale a uma característica, é muito rara", diz o cientista Sandro de Souza, chefe do Grupo de Biologia Computacional do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, em São Paulo. A maioria das características, diz ele, tem caráter poligênico - ou seja, resulta da atividade de vários genes.

  "A evolução é um processo contínuo, gradual e cumulativo", completa o biólogo Diogo Meyer, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. "Não viramos seres humanos da noite para o dia; estamos fazendo isso há vários milhões de anos."

  CAÇA-PALAVRAS FUNCIONAL

  Tanto o genoma do ser humano quanto o do chimpanzé tem aproximadamente 3 bilhões de pares de bases, ou letras químicas (A, T, C e G), dentro das quais estão inscritos cerca de 20 mil genes - as sequências codificadoras, responsáveis pela síntese de proteínas. Mesmo 1% de diferença, portanto, já significa 30 milhões de mutações. "É matéria prima mais do que suficiente para produzir alterações morfológicas", aponta Meyer.

  Fica, agora, o desafio de descobrir quais dessas variações foram realmente importantes e quais foram totalmente irrelevantes no processo de diferenciação das duas espécies.

  A segunda categoria, infelizmente, é a mais populosa. "A maioria das diferenças corresponde a mutações pontuais, aleatórias, com pouco ou nenhum efeito sobre a biologia do organismo", afirma Mikkelsen. É o que os pesquisadores chamam de "deriva genética" - mutações que são passadas de pai para filho não porque conferem alguma vantagem evolutiva, mas por serem tão insignificantes que a seleção natural não se dá ao trabalho de eliminá-las.

  Um gene que tem atraído muita atenção dos cientistas é o FOXP2, que alguns anos atrás descobriu-se estar ligado ao desenvolvimento da linguagem - uma característica exclusiva dos seres humanos. Ele é um tipo de gene chamado "fator de transcrição", que controla a atividade de vários outros genes, tal qual um maestro controla os músicos de uma orquestra.

  Um estudo publicado em 2001 revelou que pessoas que nascem com uma mutação neste gene sofrem distúrbios de fala, compreensão e processamento de linguagem. Agora, em um estudo publicado no início deste mês, cientistas compararam a atividade das proteínas codificadas pelo FOXP2 humano e pelo FOXP2 de chimpanzé e verificaram que elas acionam cascatas diferentes de genes, apesar de suas sequências diferirem em apenas dois aminoácidos. Maestros quase idênticos, mas que produzem músicas bastante diferentes.

  "Qual a importância disso no contexto evolutivo da linguagem? Não temos certeza", disse ao Estado o autor da pesquisa, Daniel Geschwind, da Universidade da Califórnia em Los Angeles. "Sabemos muito pouco ainda sobre a genética da linguagem. O FOXP2 é um dos genes envolvidos nesse processo, mas certamente há outros que ainda precisamos descobrir."

  Para complicar ainda mais a busca, a maioria das mutações não ocorre nos genes, mas fora deles, em regiões do genoma que não codificam proteínas. Isso sugere que muito da biologia que nos faz humanos pode fluir também dos 99% do genoma que são idênticos entre homem e chimpanzé, e não apenas do 1% que é diferente. Por exemplo, pelo efeito de genes que são iguais nas duas espécies, mas que estão mais ativos ou menos ativos em uma delas.

  "Temos alguns genes que são só nossos, mas são muito poucos", afirma Souza, do Instituto Ludwig. "Suas funções ainda não são totalmente conhecidas, mas posso dizer com certa segurança que não são eles que fazem a diferença."

  CÉREBRO

  Do ponto de vista morfológico, o que mais distingue o Homo sapiens dos outros primatas é a postura ereta e o cérebro grande Só o tamanho avantajado do encéfalo, porém, não basta para explicar a superioridade das habilidades cognitivas humanas. Se fosse, as baleias e os elefantes seriam os animais mais inteligentes da Terra. "Esse é talvez o grande desafio do século 21, desvendar a circuitaria neuronal responsável pela cognição humana", diz o cientista Roberto Lent, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O número de neurônios no cérebro humano, segundo ele, está dentro do esperado para o seu tamanho. "A diferença deve estar na maneira como eles funcionam." Fora o volume maior, diz Lent, não há nada de "especial" no cérebro humano. "Temos a sorte de ser um primata com cérebro grande, só isso."

  "A única característica óbvia, bem estudada e consensual, que nos faz humanos é o bipedalismo. A inteligência é uma mera diferença quantitativa, não qualitativa", opina o biólogo Fabrício Santos, da Universidade Federal de Minas Gerais, especialista em genética evolutiva. E completa: "A genômica veio mais uma vez colocar o homem no seu devido lugar na biodiversidade, como uma espécie qualquer, sem nada muito especial - ou melhor, tão especial quanto qualquer outra espécie "

  Origem: Herton Escobar, 21 de Novembro de 2009, (Documento Original, PT-BR), http://www.bemparana.com.br/index.php?n=127851&t=pesquisas-revelam-99-de-semelhanca-entre-humanos-e-chimpanzes

Reflexão:


  Quando nos deparamos com este tipo de notícias, verificamos que, na verdade, todos os dias existe uma evolução a nível científico. Desde os nossos antepassados até aos dias de hoje, a ciência evoluiu muito.
  Ainda não passaram muitos anos desde que o Sr. Charles Darwin afirmou que os humanos eram descendentes dos chimpanzés quando se afirma que 99% do genoma humano é idêntico ao genoma dos chimpanzés. Há 150 anos atrás, Darwin constatou que os humanos descendiam dos chimpanzés pelo simples facto de ambos serem semelhantes, uma vez que na altura em que Darwin afirmou esse facto, não se sabia nada acerca de genética. E cá está a comunidade científica, alguns anos depois, a afirmar que sim, Charles Darwin tinha razão mesmo sem saber nada de genética.
  Este passo é muito importante também para descobrir o que diferencia os humanos dos chimpanzés, a influência que o 1% faz sobre as características de ambos e que tipo de características dependem deste 1% do genoma.
  Portanto, a comunidade científica está cada vez mais perto de descobrir quais são as diferenças, a nível genético, entre os chimpanzés e os humanos.


Nesta figura pode-se verificar as semelhanças entre os Chimpanzés, os Homens e os Macacos.


Por: Fábio Costa

[NOTÍCIA] Gene FOXP2

  “Geneticamente, somos muito parecidos com os chimpanzés. Mas há pelo menos uma coisa que nos distingue radicalmente desses nossos “primos”: nós falamos e eles não. Como é que essa profunda transformação surgiu ao longo da evolução?
  Os efeitos distintos de um gene nos macacos e nos humanos pode explicar a razão de nós falarmos e eles não.
  Pouco se sabe ainda sobre os mecanismos biológicos da emergência da fala. Mas resultados publicados na edição de amanhã da revista Nature por Dan Geschwind, da Universidade da Califórnia, e colegas, sugerem que ela se deverá, em parte, à evolução de um único gene. Mais precisamente: o desenvolvimento da capacidade de falar nos seres humanos modernos, concluem os cientistas, terá começado com umas alterações num gene chamado FOXP2, surgidas depois de o nosso ramo evolutivo se ter separado do dos outros primatas.
  Essas alterações no FOXP2, por sua vez, provocaram duas mudanças na proteína fabricada pelo gene, que terão desencadeado uma série de acontecimentos celulares no cérebro humano e levado ao desenvolvimento da fala. “O nosso estudo é o primeiro a analisar o efeito nas células humanas destas [alterações] na proteína FOXP2” diz Geschwind num comunicado.
  Já se sabia que o FOXP2 estava envolvido nas capacidades linguísticas, porque no ser humano as mutações neste gene provocam perturbações da fala e da linguagem
(…).
  “Graças à identificação dos genes influenciados pelo FOXP2”, diz Genevieve Konopka, co-autora, “temos um novo conjunto de ferramentas para estudar como a linguagem humana é regulada ao nível molecular.” O que poderá permitir, segundo o mesmo documento, perceber as perturbações da fala associadas ao autismo ou a esquizofrenia – e talvez, um dia, encontrar formas de as atenuar.”

Origem: Manuel Robert, Jornal Público, 11 de Novembro de 2009
, http://www.publico.clix.pt/Ci%c3%aancias/a-origem-da-nossa-capacidade-de-falar-podera-residir-num-unico-gene_1409416


Reflexão:

  Já nos tínhamos apercebido da importância dos genes para a identidade de um ser vivo, porém quando temos notícias deste género é muito satisfatório para quem estuda estes assuntos, já que podemos ver no quotidiano implicações sobre o assunto estudado (neste caso os genes, genética).
  Neste caso podemos ver a influência que um gene provoca num ser vivo, um gene vai possibilitar a capacidade de fala aos humanos e a ausência desse gene vai impossibilitar a capacidade de fala aos chimpanzés. Enquanto que o gene FOXP2 (gene ligado às capacidades linguísticas) está activo nos seres humanos e desempenha as suas funções (em geral), nos chimpanzés esse mesmo gene não está activo (não sofreu a evolução que o gene teve nos humanos).
  Os testes que foram feitos poderão confirmar que os seres humanos nascem com os circuitos cerebrais necessários e os chimpanzés não, fruto da evolução dos primatas e que envolveu o gene FOXP.
  Graças a este avanço na ciência, poderá dar-se grandes avanços em doenças como o autismo e a esquizofrenia, já que se conhece umas das fontes do problema (gente FOXP2).

Por: Ana Pires

[NOTÍCIA] Encontrado peixe raro a 7,6 mil metros de profundidade

  Animais foram fotografados quando nadavam na fossa de Kermadec, perto da costa neo-zelandesa.

  Cientistas fotografaram um peixe raro a 7,6 mil metros de profundidade na costa da Nova Zelândia. É a primeira vez que se vêem peixes vivos em tão grande profundidade no Hemisfério Sul, noticia a BBC.

  Os animais têm uma aparência estranha e coloração rosada e foram fotografados quando nadavam na fossa de Kermadec, uma vala situada no fundo do mar perto da costa neo-zelandesa.
  No ano passado, a mesma equipa de cientistas descobriu a presença de peixes a 7.700 metros, a maior profundidade em que peixes foram filmados até hoje, de acordo com esta equipa. Os peixes foram encontrados na Fossa do Japão, no Oceano Pacífico, ao norte do Equador.

  Estas duas expedições integraram o projecto Hadeep, que tenta alargar o conhecimento sobre a vida nas fossas oceânicas, as regiões mais profundas do mar.

  Os peixes encontrados na fossa perto da Nova Zelândia têm uma aparência muito semelhante à daqueles que foram encontrados no ano passado. Os peixes têm cor rosa pálida, com corpos arredondados e caudas longas. No entanto, tratam-se, na verdade, de espécies diferentes.

  Os peixes da Fossa Kermadec são de uma espécie conhecida como Notoliparis Kermadecensis, enquanto os da Fossa do Japão são da espécie Pseudoliparis Amblystomopsis.

  «O que nos intriga é que cada uma das fossas parece ter sido colonizada por esses peixes, apesar de estarem em hemisférios diferentes», disse o investigador Monty Priede, responsável pelo projecto Hadeep.

  «Presumimos que (evoluíram) a partir de ancestrais semelhantes (que habitavam) regiões mais rasas», afirmou.

  Os peixes foram fotografados com recurso a um mini-submarino com uma câmara, conectado a um barco e controlado a partir da superfície.

Origem: Redacção, 13 de Novembro de 2009, http://diario.iol.pt/ambiente/peixe-ambiente-fossa-mar-tvi24-peixes/1103025-4070.html/

Reflexão:
  
  Após 4,6 mil milhões de anos do "nascer" do Planeta Terra ainda se encontram novas espécies. Desta vez foi um peixe raro a 7,6 mil metros de profundidade no Oceano Pacífico, o maior oceano da Terra.
  Esta é apenas mais uma prova de que, na Terra, a vida está em constante evolução, evolução esta que, na maior parte dos casos, o Homem não acompanha de perto. Prova disso é este peixe que, sem o conhecimento do Homem, conseguiu certamente passar várias gerações despercebido.
  A notícia que apresento hoje também expande o conhecimento do Homem acerca da capacidade dos peixes sobreviverem em áreas tão profundas no Hemisfério Sul. Tal como noticiado, "É a primeira vez que se vêem peixes vivos em tão grande profundidade no Hemisfério Sul, noticia a BBC.".
  É apenas mais um passo para o Homem na descoberta do mundo onde vive, mundo em que a variabilidade genética é tão vasta que a quantidade de seres existentes é na ordem dos milhares e, mesmo assim, ainda falta conhecer muitas mais espécies que "passam ao lado" do ser humano.

Por: Fábio Costa

Construção da molécula de ADN


  No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia (ano 2), o grupo 2 do 1º turno do 11ºE construiu um modelo da molécula de ADN. Esta actividade decorreu no período pós aula, devido à complexidade e morosidade da mesma, nomeadamente na tarde do dia 9 de Outubro de 2009.
  O objectivo da construção do modelo era a representação da molécula de ADN para que toda a comunidade escolar pudesse entender o que estava em causa, mesmo não tendo conhecimento sobre tal.
  Utilizaram-se diversos materiais, desde madeira, plasticina, cobre, ferro, entre outros. A escolha destes materiais deveu-se à segurança, à maneabilidade, à especificidade que estes ofereciam, para que o modelo fosse claro e seguro.
  O objectivo foi conseguido, apesar de muitas adversidades que se encontraram, tais como dar forma à própria estrutura da molécula de ADN e construir o suporte da mesma.


Por: Grupo 2, 11ºE

Perfil dos elementos do grupo

  Depois da apresentação do blogue, passamos à apresentação dos elementos constituintes do grupo:

  Ana Pires, Nº2
  Aluna muito aplicada, inteligente, irrequieta, caracterizada por ser divertida (quando calha) ou "rebenta-tudo" e por ter insónias. No fundo é boa pessoa e tenta sempre dar o melhor de si. Interessa-se por borboletas, pela sociedade (xD) e pelo ser humano. É, habitualmente, chamada por "Sóssó" e tem afofobia (medo da falta de fobias).

  Diana Peixoto, Nº7
  Apaixonada por leitura, por decorar a matéria e pelas profundezas do oceano, é um desbobinador de matéria na pré-época de testes. Defende activamente o Cristianismo, sendo um membro activo da Paróquia de Golães. É uma aluna estimada pela turma e respeitada por todos, verificando-se, também,  o contrário. É como se fosse a "Irmã" da turma e é acrofóbica.

  Dulce Teixeira, Nº8
  Devoradora de livros, defensora dos direitos humanos, medo de cair e do que pode existir (ou não) debaixo da cama, Dulce Teixeira é a psicóloga sexual da turma (apesar da sua falta de experiência). Juntamente com o seu espírito extrovertido e as suas gargalhadas reconhecidas a vários metros de distância (por vezes, roncando), alia uma inteligência rara com uma vontade imensa de tocar na pele do Fábio. Atiradiça exteriormente, boa pessoa interiormente =).

  Fábio Costa, Nº9
  "Músico-dependente", viciado completamente na banda musical "Muse", é aracnofóbico (causando verdadeiros escândalos quando vê aproximar-se de si uma aranha), ofidiofóbico (medo de cobras), inteligente, pouco conversador, muito introspectivo e, por vezes, irritante, criador de teorias inúteis (para já!). Está em constante fuga da Dulce, ao mesmo tempo que se preocupa com o seu cabelo. Pacificador, antítese de "rebenta-tudo".





  (no final da descrição, a Soraia estava com vontade de rebentar tudo, a Dulce estava a tocar no Fábio, a Diana com cara de santa e o Fábio a mandar a Dulce deixar de tocar no cabelo).

 Por: Grupo 2, 11ºE