Investigadores da Universidade de Tóquio desenvolveram por bio-engenharia germes de dentes que transplantaram em ratos

Já existia tecnologia capaz de desenvolver alguns tecidos em laboratório que depois podem ser transplantados em animais. Mas o que a equipa de Etsuko Ikeda, da Universidade de Ciências de Tóquio, agora explora são meios para fazer crescer órgãos no próprio organismo.
Os cientistas desenvolveram por bio-engenharia um germe de dente, com características semelhantes às de uma semente com as células e as instruções necessárias para formar um dente, e transplantaram-no em mandíbulas de ratinhos.
Segundo o estudo, esses germes cresceram normalmente dando origem a dentes perfeitamente funcionais, com dureza comparável à dos naturais e fibras nervosas capazes de responder a estímulos de dor.
Seguindo a expressão genética com uma proteína fluorescente inserida no germe transplantado, os investigadores comprovaram que os genes activados no desenvolvimento dos dentes estavam também activos durante o crescimento dos dentes de substituição.
A técnica usada poderá levar ao desenvolvimento de órgãos de substituição e permitir fazer crescer órgãos funcionais completos dentro de organismos a partir de células estaminais ou outras células germinais.
“Propomos esta tecnologia para modelo de futuras terapias de substituição de órgãos”, escreveram os investigadores no estudo, publicado na revista norte-americana «Proceedings of the National Academy of Sciences».”
Origem: 2009-08-04, http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=33839&op=all#cont
Reflexão: Mais uma vez a ciência proporciona-nos métodos para uma esperança de vida maior, assim como a resolução de graves problemas que actualmente enfrentamos.
Como é do conhecimento de todos, muitas pessoas necessitam de transplantar órgãos (por inúmeras razões: acidente, doença crónica, entre outras) e esta notícia é uma salvaguarda para aqueles que se encontram numa lista de espera para terem um órgão novo, especialmente.
Desta maneira é possível obter um novo órgão que se forma dentro do próprio organismo (é o que a técnica pretende), a partir de células estaminais ou outras células germinais (células que podem diferenciar-se). É necessário então salvaguardar estas células, porque o futuro é uma incógnita.
Uma notícia muito animadora para a comunidade.
Por: Ana Pires
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