domingo, 10 de janeiro de 2010

[NOTÍCIA] Investigadores criam peixe para estudarem sem dissecar

Peixinho-dourado transparente permite a cientistas verem os órgãos internos e a corrente sanguínea



  Um grupo cientistas japoneses da Universidade de Mie apresentou uma nova criação: um peixe transparente ideal para experiências científicas.
  Como não tem pigmentação, os investigadores podem estudar o funcionamento dos seus órgãos internos e a circulação sanguínea sem recorrer à dissecção. A criação foi apresentada na reunião anual da Sociedade de Biologia Molecular do Japão.

  Este animal não é resultado de experiências transgénicas, mas sim do cruzamento entre carpas-douradas (Carassius auratus auratus), os vulgares peixinhos de aquário, ao longo de três anos.
Há já vários anos que uma versão transparente dos peixes-zebra (Danio rerio) é utilizada em experiências científicas. No entanto, o uso destes animais é limitado, isto porque são muito pequenos (não passam os cinco centímetros) e leves (pesam apenas três gramas).
  Os peixes agora criados no Japão podem chegar 25 centímetros e a pesar mais de dois quilogramas. Além disso, vivem até aos 20 anos.
  O investigador Yutaka Tamaru explica que as escamas e a pele do peixe não têm pigmentação, o que permite ver perfeitamente o coração, o cérebro, o funcionamento dos órgãos e da corrente sanguínea, bem como todo o seu desenvolvimento à medida que vai crescendo.”

Origem: 2009-12-29, http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=38260&op=all



  Reflexão:
  E quem disse que os cientistas e os testes de laboratório são os maus da fita”? Agora acabaram-se os preconceitos contra os testes e por vezes a morte dos animais nos laboratórios. Com estes animais não é preciso “abrir para se ver”, vê-se e além disso pode acompanhar-se o seu crescimento.
  Foi um belo cruzamento de espécies, uma evolução na ciência e até para a biodiversidade. Imaginem agora os mamíferos ou aves (ou o que seja) sem pigmentação, seria alguma coisa muito agradável para o estudo destes animais também…


Por: Ana Pires

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